Otília Pires de Lima
A Tíla, minha querida e boa amiga, é um testemunho vivo, bem perto de
mim, em como os milagres acontecem quando estamos empenhados em fazê-los. Basta
Acreditar e Querer nessa parte divina que o Universo nos deu e que reside no
centro do nosso peito, na nossa essência.
É aí que tudo se resolve, até a própria
Vida.
Tenho para mim que é essa a atitude que devemos ter perante a vida nesta
dimensão, mesmo quando se é assaltado por uma doença, como a relatada neste
livro, e cujo prognóstico eram apenas escassos dias de
vida.
A Tíla venceu a doença, transcendeu-a. Já lá vão uns bons anos e ela aqui
está a sorrir à Vida escrevendo, divulgando e testemunhando as suas
experiências/vivências, o que lhe vai na alma.
A autora escreve neste seu testemunho:
“Era o Dever de Ser Feliz, o livro iniciado há um ano, que estava a bater
ao computador quando fui buscar o caderno do António Teodoro para transcrever o
dia 26 de Julho de 1999. Lembrava-me perfeitamente de ter escrito, nessa noite,
sobre a reentrada no hospital. Veio-me à ideia, de repente, uma afirmação sobre
as duas imagens criadas. As únicas dedicadas ao avanço no tempo. Naquele quarto
isolada onde, finalmente, aprendi a viver o agora, estava interdita a entrada ao
passado e ao futuro. Entre aquelas paredes, fechando-me ao mundo, apenas cabia o
presente.
Só avançava no tempo para me ver a sair feliz daquele hospital, enchendo
os pulmões com ar da rua, as narinas de odores sem desinfectante e os olhos das
diversas cores que compõem a paleta da vida normal. A outra consistia em ver-me
de pé aos pés da cama do hospital, respirando saúde, a transmitir a mensagem ao
seu novo ocupante: Se eu vencera ele também podia vencer. A prova estava ali,
diante dos seus olhos. Esta visualização era enriquecida ao pormenor, desde o
cabelo à roupa que vestia: um fato amarelo mostarda a realçar a pele bronzeada.
Este aspecto reveste-se de fundamental importância porque, segundo julgava, não
podia voltar a fazer praia. Contudo, era bronzeada que imaginava a minha pele
branquíssima. Nesse Verão vi a praia uma única vez, no dia em que fui internada
para o segundo tratamento e almocei com a minha filha num restaurante da Costa
da Caparica, observando-a cheia de banhistas. Lembrava-me bem de ter escrito
nesse dia. Foi para ilustrar o poder da visualização que peguei no
diário.”
Um livro, um ensaio, que nasce do confronto com
o Pecado.
Este não passa de algo que nos foi programada durante muito, muito
tempo.
Em boa verdade, o pecado não existe, foi inventado para nos submeterem,
para nos controlarem. O Universo, Deus, o Céu a nada nos
obriga.
Somos nós, isso sim, e apenas nós, que decidimos a conduta, a decisão,
a Verdade (sem pecado) da nossa vida.
É, por isso, um tema de grandeza espiritual, de polémica, se o quisermos,
mas é sobre tudo um tema para a nossa alma.
A prória autora confessa ter-se assustado:
"Não era este o tema que desejava e tinha começado a tratar. Confesso
ter-me assustado quando me vi a avançar para ele. À distância de 14 dias úteis,
que foram quantos levaram a escrever este livro, percebo todo o sentido da
mudança de tema e abordagem. Se o meu objectivo é transmitir ao maior número de
pessoas que é possível vencer, ultrapassar com êxito os obstáculos da Vida, para
o atingir é necessário indicar o lugar da Fonte onde radica a Força
incomensurável de cada um de nós. Já o indiquei no Viver de Amar, contudo, para
tornar livre o acesso à Fonte é necessário fazer implodir os muros com que a
cercaram e fazer detonar as armadilhas com que, ao longo dos séculos, a
resguardaram de nós. Porque dois corpos não podem ocupar simultaneamente o mesmo
espaço, é impossível construir algo novo sem destruir o velho, sem limpar o
terreno. É isso que este livro pretende ajudar a fazer. Acabar com os fantasmas
poderosíssimos que nos alimentaram e continuam a alimentar, pelo medo, o acesso
a nós próprios, atentando contra a nossa verdadeira natureza no manifesto
usufruto de quem tem a ganhar com isso. Ou seja, para usufruto de uma minoria. É
necessário retirar a Omnipresença de Deus com o intuito de nos vigiar e castigar
e colocar Deus dentro de nós, a Amar-nos incondicionalmente."
As duas obras, que aqui vos sugiro para leitura e reflexão, são, no dizer
da própria autora:
“Ambas as mensagens foram
recolhidas na pele. Quanto transmito, recolho em mim, através da experiência de
vida e, sobretudo, da experiência de vencer a morte. Não partem de um saber
livresco. Partem de um saber vivido e bastante experienciado. Escrevo através do
sentir, da memória e usando a informação que de forma, novamente, estranha me
vem parar à mão.”
Obrigado, Tíla pelo testemunho e pelo ensaio que nos
dás.
Abraços e beijinhos de amor/amizade
incondicional,
José
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