É o aperto no peito. É esse aperto no peito. Esse é o sinal.
Passaste toda a vida a ignorá-lo, a passar por cima dele, como se não tivesse
importância. Como se ele não fizesse parte de ti. Como se não fosse a tua alma a
gritar, a chamar.
Sempre que fazias algo que te provocava esse aperto, sempre que
decidias algo, escolhias algo, pensavas em algo que te provocava esse aperto no
peito, achavas estranho, mas… seguias em frente. «A vida é para ser vivida»,
pensavas.
Esse aperto não te parava, não te detinha, não fazia com que
revisses as tuas posições. Não fazia com que atrasasses o caminho, ao menos até
saberes do que se tratava. Não. Isto já passa. É ansiedade. É depressão. Vou
tomar alguma coisa, isto já passa.
Mas o aperto não passou. Até que te habituaste a viver com ele, a
conviver com ele. Até que ele passou a fazer parte de ti. Passaste a achar que
era natural, viver era assim, a vida era assim. E a tua alma, que anda a gritar,
a pedir socorro, a pedir ajuda, só sabe falar contigo dessa maneira. Através de
um aperto no peito.
E ao desprezares esse mal, estás a desprezar a tua alma. E ela
precisa tanto de ti…
Precisa da tua atenção, do teu respeito e do teu discernimento.
Precisa do teu caminho, da tua astúcia e da tua inteligência. Não para a
maltratares, excluíres e para fingires que ela não existe. Não para a
rejeitares, para lhe faltares ao rigor e para a modificares.
Não.
Ela precisa de ti para seres quem és, verdadeiramente e
livremente. Precisa da tua sabedoria para se manifestar. E precisa da tua
escolha para aceder à luz.
In Muito mais Luz – Pergunte, o Céu
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Alexandra Solnado
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